Num enquadramento periurbano, em planície, isolada, separado por um adro ajardinado e murado, integrando um cruzeiro, e acesso através de escadas, surge a Igreja de Santa Maria de Silva Escura, que terá sido construída entre o Séc. XVII/XVIII.

Com planta longitudinal, é composta por nave e capela-mor retangulares, torre sineira quadrangular no seguimento da fachada principal, com a sacristia também adossada e marcação de um corpo pouco proeminente na fachada.

O interior é iluminado pela janela axial e pelos laterais da nave e capela-mor, conservando ainda os da nave, vestígios de pinturas decorativas.

Nave com lambril de azulejos modernos e coro-alto em betão com acesso realizado por escadaria de madeira colocada do lado da Epístola; no sub-coro, do lado do Evangelho encontra-se um portal de verga reta com frontão triangular em que os elementos de granito aparente apresentam ainda pintura polícroma.

Segue-se-lhe órgão barroco sobre base pintada de azul, altares colaterais colocados simetricamente e púlpito, no lado da Epístola.

Arco triunfal pleno ladeado por retábulos de talha dourada encimados por revestimentos de talha incluindo sanefa ao centro do arco e teto de madeira pintado de perfil curvo.

A capela-mor é revestida por painéis de azulejos figurativos evocativos da vida da Virgem, dispostos em dois níveis.

Amplo retábulo de talha policromada com trono central ladeado por imagens colocadas em nichos e sobrepujadas por baldaquinos, com teto, de perfil curvo, composto de caixotões de madeira pintados e emoldurados por talha dourada.

Na década de 60, ter-se-á procedido à substituição do pavimento e colocação do lambril de azulejos e em 1997 aconteceu a substituição do coro-alto e fixação dos painéis de azulejos figurativos na capela-mor.