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Delfim Manuel posiciona-se como artesão, mas a sua obra escultórica não pode, no entanto, ser classificada como artesanato.
Segundo Alexandre Nobre Pais, Presidente do Conselho de Administração da Museus e Monumentos de Portugal: "o seu trabalho existe numa esfera própria, fora do espaço restrito e seco das classificações artísticas. Do que poderíamos considerar a dimensão popular Delfim Manuel retira a cor, a alegria, a exuberância, o ritmo. Daquela que se poderia definir como a sua vertente erudita integra o gosto pelo figurativo, pelo retrato psicológico, pela capacidade de se reinventar e inovar. É, precisamente, este carácter híbrido, esta conjugação de dois mundos, que torna a expressão de Delfim Manuel única. Talvez a melhor analogia que se possa aplicar à obra de Delfim Manuel é que esta é como um perfume. Ela destina-se aos sentidos. Assalta-nos de imediato com a alegria das cores e a surpresa dos movimentos. Permanece em nós um tempo, aquele que precisamos para descobrir atividades e relacionamentos entre as personagens, no descobrir e interpretar dos seus diálogos suspensos.”
Assim, as obras aqui apresentadas, constituem uma excelente razão para visitar, participar e partilhar esta exposição de que a Casa do Corim tanto se orgulha de acolher.
