A Ana e o Hélder são pais de duas meninas, a Frederica de 14 anos e a Gabriela de 8.
Em 2011 decidiram rumar ao continente africano em busca de melhor qualidade de vida, dando continuidade na área profissional do Hélder - medicamentos e equipamentos médicos.
Após a chegada a Angola, a adaptação foi extremamente fácil, um país fabuloso… logo constataram que a data de saída de Portugal já tinha ficado carimbada no passaporte, mas a de regresso seria muito longínqua.
Durante 9 anos, só regressavam a Portugal para passar 15 dias de férias por ano. Em 2017, a Ana, sem saber cozer um botão, resolveu comprar uma pequena máquina de costura e ser autodidata.
Com os dias bastantes preenchidos, entre trabalho, dar a atenção devida as miúdas, na altura com 9 e 3 anos, jantar, banhos… o que chamavam de “hobby” só começava por volta das 22h00, e no dia seguinte o despertador tocava às 6h.
A Ana, não deixava arrefecer a máquina e sempre que podia, sentava-se a fazer experiências. De tal modo que, passado três semanas, estavam a ser incentivados a vender os artigos que a Ana já tinha feito. Rapidamente passou a ser um “hobby” com, prazos de entrega, preços... um terceiro trabalho que começou a exigir o melhor aperfeiçoamento na sua confeção.
A hora de deitar passou para às 2h00 e passaram a dormir 4 horas por noite.
Tudo estava a correr como nunca teriam imaginado e, cada vez mais, o regresso a Portugal se tornava mais distante. Tinham uma vida estabilizada e a sorte de poder estar num continente que lhes fica no coração, o Continente Africano.
Até que, em 2020 tudo muda. Após alguns sintomas de doença, o Hélder foi evacuado, com acompanhamento do sogro (médico) Mário Almeida, e quando chegou ao Hospital São João, foi diagnosticado com um Macroadnoma de Hipófise. Foi rapidamente submetido a uma intervenção cirúrgica com resultados bastante positivos.
Após todo o processo decidiram ficar no pais de origem, Portugal, numa altura complicada para todos devido à pandemia.
A determinada altura resolveram abrir uma loja, a que deram o nome de Sabana, savana de África, mas com B de bola, por serem do Porto.
Quiseram criar um conceito de produtos regionais e artesanais, marcando bem a presença dos artigos de marca Sabana, com as cores alegres dos padrões africanos, contrastando com artigos de marcas de grande referência nacional e internacional, como por exemplo, Bordallo Pinheiro, Castelbel, Valle das Corujas...
É o bebé mais pequeno do casal, que já está a começar a gatinhar por todo o País para contar uma história… a história deste casal.